A expressão “70 vezes 7” aparece na Bíblia no Novo Testamento, especificamente no Evangelho de Mateus, capítulo 18, versículo 22. Este versículo faz parte de uma discussão entre Jesus e Pedro sobre o perdão.
Pedro pergunta a Jesus quantas vezes ele deve perdoar seu irmão que pecou contra ele. Pedro sugere um número que parece generoso para a época, “até sete vezes”. No entanto, Jesus responde: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.
Esta resposta de Jesus não deve ser interpretada literalmente como um número exato de vezes que se deve perdoar, mas sim como uma expressão de perdão ilimitado. O número 70 vezes 7 simboliza uma quantidade infinita ou inesgotável de perdão. Jesus está ensinando que o perdão deve ser contínuo e sem limites, refletindo o amor e a misericórdia de Deus.
Este ensinamento é central na teologia cristã e destaca a importância do perdão na vida dos seguidores de Jesus. O perdão não é apenas uma ação ocasional, mas uma atitude constante que deve permear todas as relações humanas. Jesus ilustra isso com a parábola do servo ingrato, que segue imediatamente após este versículo, mostrando as consequências de não perdoar os outros.
Além disso, a expressão “70 vezes 7” também pode ser vista como uma referência ao Antigo Testamento. Em Gênesis 4, versículo 24, Lameque diz que se vingará setenta vezes sete. Jesus, ao usar essa expressão, pode estar fazendo uma alusão a essa passagem, contrastando a vingança com o perdão.
No contexto do futebol brasileiro, onde a competição e a rivalidade são intensas, o princípio do perdão ilimitado pode parecer desafiador. No entanto, ele serve como um lembrete importante de que, mesmo em ambientes de alta pressão, a capacidade de perdoar e de se reconciliar é essencial para a construção de um ambiente saudável e harmonioso.
Embora o futebol seja um esporte de alta emoção e paixão, os jogadores e técnicos frequentemente enfrentam situações que exigem perdão e compreensão. Erros são cometidos, decisões controversas são tomadas, e conflitos surgem. A capacidade de perdoar e de seguir em frente é crucial para o sucesso tanto individual quanto coletivo.
Por exemplo, em um time de futebol, um jogador pode cometer um erro que custa um gol. Em vez de culpar e punir o jogador, o técnico e os companheiros de equipe podem escolher perdoar e apoiar, ajudando-o a aprender com o erro e a melhorar. Essa atitude de perdão pode fortalecer a coesão do time e aumentar as chances de sucesso.
Da mesma forma, em disputas entre times rivais, o perdão pode desempenhar um papel importante na manutenção de um ambiente esportivo saudável. Em vez de alimentar ressentimentos e rivalidades, os clubes e seus torcedores podem escolher perdoar e focar no que realmente importa: o amor pelo esporte e a busca pela excelência.
Em resumo, a expressão “70 vezes 7” na Bíblia ensina a importância do perdão ilimitado e contínuo. Esse princípio pode ser aplicado em diversas áreas da vida, incluindo o futebol brasileiro, onde a capacidade de perdoar e de se reconciliar é essencial para a construção de um ambiente saudável e harmonioso.